terça-feira, 25 de novembro de 2014

Análise: V/H/S: Viral (2014)




Ficha Técnica:
V/H/S: Viral
Duração: 82 minutos
Direção: Nacho Vigalondo, Marcel Sarmiento, Aaron Moorhead, Gregg Bishop, Justin Benson
Roteiro:  Nacho Vigalondo, Marcel Sarmiento, Aaron Moorhead, Gregg Bishop, Justin Benson, TJ Cimfel, Ed Dougherty, David White
Elenco: Justin Welborn, Emmy Argo, Jonez Jones, Kelly Misek Jr.

O espírito de Beethoven deve ter derramado algumas lágrimas ao ver que a sua obra-prima, a nona sinfonia, foi usada em um filme tão ruim como V/H/S: Viral. Terceiro filme de uma "nova" (e até o momento, interessante) franquia de terror, ele consegue com êxito destruir todo o bom caminho que foi construído pelos seus antecessores.


Uma coisa que me deixa extremamente irritado em uma continuação é quando ela se desliga totalmente de tudo o que foi feito anteriormente. Esse foi um dos motivos de eu achar [REC] 3: Genesis um dos piores filmes de 2012, pois, o que era um found-footage acaba se tornando uma comédia passada em um casamento. Aqui, algo parecido acontece. Nos dois filmes anteriores da série, havia a premissa de que algumas fitas VHS eram encontradas em determinada situação, e nelas existiam curta-metragens de terror. Nesses curtas, sempre era dada a impressão de algo amador, realmente gravados com a câmera na mão. Em V/H/S: Viral, temos uma história principal, e mais três curtas, que começam e terminam do nada e sem explicação nenhuma.

O primeiro conta como um mágico consegue seus poderes. Aqui já temos a quebra da linha seguida nos filmes antigos. Não há mais o found-footage. Na verdade, essa história é contada como um como um documentário fake e, tirando alguns efeitos especiais legais, não há nada a se destacar.

A terceira história, de skatistas que vão para o México e acabam trombando com uma mandinga e derrubam sangue nela, só serve para ensinar que com macumba não se mexe. De resto, também não traz nada demais.

A história principal, por sua vez, consegue ser a pior de todas. Provavelmente, quando estavam selecionando o casting do filme, decidiram por pegar os piores atores disponíveis, pois só isso justifica atuações tão amadoras e travadas quanto as vistas aqui. A cena que se passa dentro de um táxi chega a dar vergonha de tão ruim.

Já a segunda história, escrita e dirigida por Nacho Vigalondo (responsável pelo excelente Crimes Temporais (Los Cronocrimenes, 2007)), apresenta alguns conceitos bem interessantes. Trata de um cientista (ou apenas entusiasta) que constrói uma máquina que abre uma nova dimensão. Tal dimensão funciona mais ou menos de maneira curiosa, pois, ao entrar nela, ele verifica que está na sua própria casa, mas sua organização está tal como tivesse sido colocada em frente a um espelho. Sua esposa também está lá, mas se comportando de maneira diferente e aos poucos ele vai descobrindo a verdade sobre aquela realidade. A história tem um clima que lembra um pouco os contos H.P. Lovecraft, e acaba compensando a ruindade das outras.

No geral, V/H/S: Viral não traz nada de novo em relação aos anteriores. Ao contrário, acaba sendo até um retrocesso para a série, que vinha tendo algumas coisas até interessantes. Do jeito que avacalharam nessa continuação, acho difícil que saia outro. Pelo menos há uma notícia boa: A tortura dura apenas 80 minutos!

Trailer:



Imagens:










3 comentários:

  1. Foi uma grande decepção mesmo..

    O curta do universo paralelo foi o melhor mesmo.

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  2. Verdade, fiquei extremamente decepcionado, um filme sem conteúdo, sem nexo, sem começo e sem fim, sem found-footage. Ou seja, melhor não assistir.

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  3. Ele pode ter ficado ruim, mas ele é "VHS: Viral" e não "VHS 3" por isso as coisas vão ser diferentes. Se bem que ficou mal explicado... Eu ainda achei o filme daora

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