sexta-feira, 19 de abril de 2013

Análise: Trilogia Millenium - Parte 2: A Menina Que Brincava Com Fogo (Flickan Som Lekte Med Elden, 2009)



Direção: Daniel Alfredson
Roteiro: Jonas Frykberg
Elenco: Noomi Rapace, Michael Nyqvist, Lena Endre, Hans Christian Thulin, Georgi Staykov, Yasmine Garbi, Micke Spreitz
Duração: 129 minutos
Gênero: Mistério / Drama
Países: Suécia / Dinamarca / Alemanha
Idioma: Sueco / Italiano / Francês
Resumo: Mikael Blomqvist e Lisbeth Salander investigam uma rede de tráfico sexual, ao mesmo tempo em que ela é acusada de três assassinatos.


Mais de um ano se passou após os eventos ocorridos no primeiro filme da trilogia, Os Homens Que Não Amavam As Mulheres. Lisbeth usou esse tempo para viajar e, como é de sua personalidade, cortar relações com todas as pessoas que estão ao seu redor. A volta dela coincide com a revista Millenium entrando em contato com um novo escritor, chamado Dag (Hans Christian Thulin), que está para publicar um livro sobre o tráfico de mulheres na Europa. Com isso, Mikael Blomqvist acaba ajudando o jovem escritor e acaba entrando em uma trama que envolve a busca pelo desconhecido Zala (Georgi Staykov), um criminoso envolvido em atividades que vão desde espionagem até o aliciamento de mulheres. Nils Bjurman também acaba se envolvendo com o criminoso, pois ele tem algo que aquele precisa: o arquivo criminal de Lisbeth Salander. Em troca, Bjurman pede para que Zala consiga o DVD que está em poder de Lisbeth e pode acabar incriminando-o.

Com o decorrer dos fatos, uma conspiração é montada e Lisbeth acaba sendo acusada de três assassinatos, e se inicia uma busca policial por ela. E aqui entra um dos fatos mais interessante do filme, pois, como os personagens principais já foram devidamente desenvolvidos no filme anterior, temos a oportunidade de conhecê-los mais profundamente. Assim conseguimos mais informações sobre Lisbeth, desta vez em relação à sua infância. Desse modo, é possível descobrir os motivos que fizeram com que ela se tornasse essa pessoa fechada e reservada, avessa a quase todo contato humano. Para desvendar mais sobre a personagem, também é explorada a sua relação com seu antigo curador, Holger Palmgren (Per Oscarsson).


Um outro grupo de personagens é mostrado no decorrer no filme, como Paolo (Paolo Roberto) e Miriam Wu (Yasmine Garbi), que são amigos de Lisbeth, bem como o estranho Ronald Niedermann (Micke Spreitz), capanga de Zala. Os companheiros de Blomqvist na Miilenium também recebem maior atenção, principalmente Erika Berger (Lena Endre), que mantém um relacionamento com o jornalista. Aqui, assim como no filme anterior, a trama principal é atrativa, e o desenrolar dos acontecimentos nos deixa cada vez mais curiosos para saber tudo o que está acontecendo. Por outro lado, a inclusão de muitos personagens novos faz com que o filme se torne arrastado em alguns momentos. Talvez se pelo menos dois deles tivessem sido cortados, a história fluiria mais suavemente.


Noomi Rapace mais uma vez brilha em sua representação de Lisbeth, exibindo cada vez melhor a frieza da personagem mesmo ao descobrir fatos que mexem diretamente com o seu passado. Nyqvist faz mais uma sólida interpretação de Blomqvist, mostrando que, acima de tudo, o jornalista está sempre em busca da verdade e recorre a todos os meios para isso. No entanto, diferente do que aconteceu no filme anterior, o final deixa a história totalmente aberta, de modo que é obrigatório assistir a continuação. Mas isso não deve ter gerado grande desespero nos fãs, pois as filmagens deste e do terceiro foram feitas simultaneamente e o lançamento ocorreu no mesmo ano, ficando fácil para sabermos o encerramento da história de Lisbeth Salander e Mikael Blomqvist.

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