domingo, 21 de abril de 2013

Top 5 - Fevereiro/2013

5º A Consequência do Amor (Le Conseguenze Dell'Amore, 2004) - dir. Paolo Sorrentino


Toni Servillo se destaca nesta obra ao interpretar Titta Di Girolamo, um homem que trabalha para a máfia e mora em um hotel. Ele tenta ao máximo evitar qualquer tipo de contato emocional com outras pessoas, levando uma vida totalmente sistemática. No entanto, ele quebra suas regras e acaba se apaixonando pela garçonete Sofia, o que acabava gerando consequências trágicas para a sua vida. O filme é o segundo da carreira de Paolo Sorrentino, um dos melhores cineastas italianos em atividade. A maneira utilizada pelo diretor para mostrar as características do personagem de Servillo é excelente, fazendo com que fiquemos presos a ele e ansiosos pelo seu destino.



4º Contato (Contact, 1996) - dir. Robert Zemeckis


Adiei por muito tempo o momento em que eu ia assistir a esse filme, principalmente por causa da Jodie Foster, que é uma atriz que não me agrada muito. No entanto, depois de ver Killer Joe: Matador de Aluguel (Killer Joe, 2011), fui atrás de alguns trabalhos do Matthew McConaughey e acabei vendo que ele também estava em Contato. Resolvi assistir e fiquei abismado com a história tocante e bem conduzida, baseada em um livro de Carl Sagan, e que mostra uma cientista descobrindo um sinal vindo de uma constelação distante que envia imagens reproduzidas pela Terra há mais de 30 anos, provando que existe vida inteligente fora do planeta. É um filme obrigatório para quem gosta de sci-fi, e ele responde de maneira curiosa a pergunta sobre a humanidade estar sozinha no universo. Segundo as palavras de um personagem do filme: "Se estivermos sozinhos, seria um desperdício muito grande de espaço".

3º O Homem Que Não Estava Lá (The Man Who Wasn't There, 2001) - dir. Joel & Ethan Coen


Os irmãos Coen conseguem sempre criar personagens fascinantes em seus filmes, e aqui não foi diferente. O conto do barbeiro que chantageia o patrão da mulher para investir o dinheiro em uma lavanderia tem Billy Bob Thornton em uma das melhores atuações de sua carreira. Scarlett Johansson, Frances McDormand e James Gandolfini também fazem parte do filme, que brilha ao mostrar muito bem uma das vertentes da Lei de Murphy: "Se as coisas derem errado, será da pior maneira possível". A atmosfera noir é muito bem criada, principalmente pelo primor da fotografia em preto e branco de Roger Deakins que gera momentos em que dá vontade de pausar o filme e ficar apenas admirando tudo o que está em tela.


2º Teddy Bear (2012) - dir. Mads Matthiesen


Se eu estivesse fazendo um top dos filmes mais surpreendentes que vi no ano, com certeza Teddy Bear estaria lá em cima. Eu não conseguia acreditar que um filme que mostra um fisiculturista dinamarquês que parte para a Tailândia para encontrar um amor conseguisse me tocar tanto no fundo da alma. A atuação de Kim Kold (que já foi jogador de futebol e fisiculturista profissional) é de uma profundidade enorme, e lembro que existem cenas em que o personagem parece profundamente deprimido, mas algumas coisas simples, como o fato de encontrar uma academia na Tailândia, já fazem com que ele mude totalmente o ânimo. Para piorar a situação depressiva, ele mora com a mãe, que é uma mulher controladora que quer saber todos os passos do filho.

1º eXistenZ (1999) - dir. David Cronenberg


Esse foi um tapa na minha cara, para eu aprender a não ficar menosprezando o grande David Cronenberg. Como eu disse no post relativo ao filme, eu sempre deixava de assistir eXistenZ por achar que uma história baseada em alguém que começa a viver dentro de um videogame não poderia gerar nada de interessante. Ledo engano, pois o diretor mostra mais uma vez que sabe levar o bizarro até as últimas consequências, mostrando dois jovens em fuga que resolvem entrar em um jogo para evitar que ele sofra danos. Cronenberg faz uma obra que consegue ficar no mesmo nível de Matrix (1999), levantando, assim como aquela, questionamentos sobre o real e o imaginário.

2 comentários:

  1. Eu diria que eXistenZ é ainda melhor do que MATRIX, Rodrigo. Amo este filme.

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    1. Já virei fanzaço do filme. Ficou lá em cima nos meus preferidos do Cronenberg, talvez só não supere Videodrome e Marcas da Violência, na minha opinião.

      E gosto muito de Matrix, não sei dizer com certeza de qual gostei mais, talvez daqui um tempo eu consiga tirar essa dúvida.

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