sábado, 19 de janeiro de 2013

Análise: É Proibido Procriar (ZPG: Zero Population Growth, 1972)




Direção: Michael Campus
Roteiro: Frank de Felitta e Max Ehrlich
Elenco: Oliver Reed, Geraldine Chaplin, Don Gordon, Diane Cilento
Duração: 97 minutos
Gênero: Ficção Científica
País: Reino Unido
Idioma: Inglês
Resumo: Em um futuro não muito distante, a Terra está sofrendo com sua grande população e o governo decide que é ilegal ter crianças por uma geração.

Um futuro que mostra a humanidade incapaz de gerar crianças. Quem  assistiu “Filhos da Esperança” já conhece a premissa e achará muitas semelhanças entre a sua história e a de “É Proibido Procriar”. Enquanto naquele filme as mulheres, por algum motivo desconhecido, pararam de ter filhos, neste, pelo alto crescimento populacional, os líderes mundiais criam uma lei que proíbe as pessoas de ter filhos pelos próximos 22 anos.  E o casal que for corajoso o suficiente para descumpri-la  será punido com a morte.


 

O desenvolvimento de “É Proibido Procriar”, no entanto, se dá de maneira bem diferente. Em “Filhos da Esperança”, a humanidade já aceitou que não consegue mais ter filhos e parece conformada com essa condição. Aqui, apesar de a grande maioria estar conformada, muitos casais precisam se apoiar em ilusões para conseguir aliviar sua dor. Por isso, vemos alguns deles, como Russ e Carol Mcneil (Oliver Reed e Geraldine Chaplin), irem atrás de uma fábrica que produz bonecos que se assemelham a crianças e são programadas para agir como tal. Enquanto alguns casais acham que os bonecos são suficientes para suprir a ausência de crianças, Russ e Carol decidem que isso não é o que eles querem e esta acaba engravidando. Com a ajuda do marido, ela tenta manter o fato fora do conhecimento de qualquer pessoa, pois quem ajuda o governo a capturar os “criminosos” acaba sendo recompensado com aumento na sua alimentação. 

 

E falando em alimentação, é bem curiosa a forma com que o filme trata esse assunto, pois, devido à grande quantidade de pessoas no mundo, a comida deve ser racionada. Assim, uma pessoa pode ingerir, no máximo, 1600 calorias diárias, valor que vai variando durante o tempo. E é engraçado ver como eles tratam a comida que nós comemos atualmente. Em certo ponto do filme, as pessoas estão reunidas em um cinema vendo uma espécie de documentário que mostra como o homem do século XX se alimentava mal, e como ele comia, muitas vezes, apenas por prazer, e não para satisfazer suas necessidades. Mais depressiva ainda é a visão de um médico que diz: “Nós vencemos o câncer e as doenças cardíacas, mas mesmo assim estamos derrotados”.

 

A visão de futuro que o filme mostra também é instigante. Há pessoas fazendo compras e consultas médicas – recebendo uma lavagem cerebral como cortesia - pela TV, máquinas que fazem abortos com um simples apertar de botão, bibliotecas que fazem interrogatórios quando você procura coisas que não devia e por aí vai. Por fim, vale citar a boa participação que Don Gordon e Diane Cilento fazem no filme, como um casal que a princípio aceita a idéia de não ter filhos, mas depois mudam radicalmente sua visão, entrando no caminho de Russ e Carol. Apesar de não ser um primor,"É Proibido Procriar" não desagrada e acaba sendo um bom passatempo. Além disso, ele nos faz pensar se o nosso futuro será tão diferente assim.





Clique no botão abaixo para ver o trailer do filme: 

4 comentários:

  1. Filme perfeito e foda-se quem quer ter filhos : Se não existisse tantos humanos não haveria tanto impacto ambiental mesmo que haja variações nos modos de vida

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    1. Falou o anônimo que tem tanto desprezo por si próprio que preza mais o meio ambiente que a própria humanidade da qual ele faz parte. Ou será que não?

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  2. De certa forma o anônimo está certo,pois pra onde vamos com tanta gente nascendo? Sem comida,e consequentemente sem escolas,empregos etc...

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  3. Pra onde vamos tb se não tiver humanidade? Tem famílias que tem 10 filhos, principalmente os pobres, deveria conter essas pessoas, operar o homem pra não sair fazendo mil filhos por ai.. colocar limite por natalidade, mas ao inves de abortar, opera pra não ter

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