Direção: Alex Van Warmerdam
Roteiro: Alex Van Warmerdam, Otakar Volocek, Frans Weisz
Elenco: Alex Van Warmerdam, Henri Garcin, Olga Zuiderhoek, Loes Luca, Annet, Malherbe
Duração: 100 minutos
Gênero: Drama / Comédia
Países: Holanda
Idioma: Holandês
Resumo: Abel tem 31 anos e nunca saiu de casa. Seus pais tentam ajudá-lo a superar essa situação, o que acaba gerando acontecimentos inesperados
Após ver que Alex Van Warmerdam estará competindo no
Festival de Cannes, resolvi ir atrás do trabalho do diretor. Conhecer os filmes
dele também me ajudarão a conhecer um pouco mais da filmografia da Holanda,
pois lembro de ter visto pouquíssimos filmes daquele país. Constatei que Warmerdam
já tinha sete filmes no currículo, e com algum esforço consegui encontrar
alguns pela internet, e o primeiro que assisti foi Abel, seu filme de estreia.
O próprio Warmerdem interpreta o personagem que dá
título à obra e este tem 31 anos e nunca saiu de casa, tendo vivido sempre com
seus pais (Henri Garcin e Olga Zuiderhoek), que são mostrados de maneira bem
estereotipada, com o pai sempre repreendendo Abel por seu comportamento e a mãe
sempre o protegendo. Para tentar fazer com que Abel se solte mais, eles chamam
um psiquiatra para atendê-lo em casa, mas a tentativa não dá resultados.
O pai de Abel, que trabalha como ator em peças de teatro, resolve
então chamar sua colega de trabalho Christine (Loes Luca) para um
encontro com Abel, mas a situação que se desenvolve a partir desse evento é tão surreal que prefiro não comentar. Paralelamente a esses fatos vemos o pai de Abel - insatisfeito
com seu casamento - indo atrás de outras aventuras e se apaixonando por Zus (Annet Malherbe) uma garota que trabalha em um clube
de strip-tease chamado “Naked Girls”.
A trama que se desenvolve a partir desses acontecimentos é
tão inacreditável quanto engraçada e percebe-se que o diretor consegue dosar
bem momentos de drama com humor negro. Os personagens construídos pelo roteiro
são agradáveis, principalmente o pai de Alex, muito bem interpretado por Henri
Garcin.
Não posso dizer que o filme é ótimo, pois, mesmo tendo
alguns toques bem inteligentes, não há nada fora do comum. Apesar de agradável
e nem um pouco incômoda, a obra acaba sendo facilmente esquecível. Por ser um
trabalho de estreia, dá para relevar um pouco a inexperiência de Warmerdam, mas tentarei ver os outros filmes dele para ver se houve alguma
evolução.
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