The Rover: A Caçada / The Rover (2014)
Duração: 103 minutos
Direção: David Michôd
Roteiro: David Michôd, Joel Edgerton
Elenco: Guy Pearce, Robert Pattinson, Scott McNairy, Gillian Jones, David Field
Após assistir The Rover,
cheguei a 3 conclusões:
1º) David Michôd é
um diretor a ser seguido bem de perto nos próximos anos. Ele estreou
na direção de longas com o ótimo Animal Kingdom.
Depois de ver aquele filme, eu ansiava por um novo trabalho dele para
saber se ele continuaria no mesmo nível em que começou. Em The
Rover, ele talvez tenha ficado
um pouco abaixo do que alcançou no filme anterior, mas ainda assim o
resultado salta aos olhos.
2º) Guy Pearce
é um ator que, sob direção de alguém competente, é capaz de
fazer um excelente trabalho (vide The Proposition,
Memento e o já
citado Animal Kingdom)
3º)
Robert Pattinson é um ator que, se quiser, vai facilmente se livrar
do estigma de ser ídolo adolescente após atuar na saga Crepúsculo.
Ele já tinha mostrado talento em Cosmopolis
e agora confirma que tem capacidade pra fazer muito mais do que era
esperado dele.
The Rover se
passa na Austrália dez anos após um cataclisma econômico. Tal
evento não fez com que o mundo ficasse
destruído, pois ainda
existe a polícia, algumas cidades e uma certa organização. Nesse
cenário, acompanhamos Eric
(Guy
Pearce),
que tem seu carro roubado por um grupo atrapalhado de assaltantes,
que capotam seu próprio carro por uma discussão. Eric
parte então atrás deles
para tentar recuperar o veículo e para isso conta com a ajuda de Rey (Robert Pattinson), que está irreconhecível no papel.
Alguns podem se sentir
decepcionados pelo fato de o filme começar muito bem e ter uma queda
de ritmo. Na verdade, The Rover é praticamente um road-movie,
e em alguns pontos se assemelha outro excelente filme protagonizado
por Pearce (The Proposition). Aqui, a grande qualidade está
na qualidade do roteiro, que possui diálogos excelentes, e as
atuações, que são algo fora do comum. Nessa linha, destaco Gillian
Jones, que aparece em apenas uma cena do filme, mas possui uma
presença tão marcante, que é difícil esquecer.
O longa se encerra de
maneira curiosa, de modo que os eventos que levaram à sede de Eric na busca pelo seu carro - ainda mais em um mundo em que não vale a
pena se apegar mais a bens materiais – são bem surpreendentes. Certamente esse desfecho vai causar uma grande divisão, com pessoas
amando e outras odiando. De minha parte, gostei principalmente por
tudo que significou, e não pelo ato em si.
Trailer:
Imagens:
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