Direção: Danny
Boyle
Roteiro: Alex
Garland
Elenco: Cillian
Murphy, Naomie Harris, Brendan Gleeson, Christopher Ecclestone, Noah Huntley,
Megan Burns
Duração: 113 minutos
Gênero: Terror
País: Reino
Unido
Idioma: Inglês
Resumo: Quatro
semanas após um vírus se espalhar pela Inglaterra, um grupo de sobreviventes
tenta encontrar um local seguro para se proteger.
“Isso é o que vi quatro semanas
antes da infecção: pessoas matando pessoas. E é o mesmo que vi quatro semanas
antes daquela e mais quatro antes: pessoas matando pessoas. Então, para mim,
isso nos coloca em estado de normalidade agora”. Essas são as palavras ditas
pelo Major Henry West (Christopher Ecclestone) como resposta para um soldado
que espera que tudo retorne ao “normal”. A normalidade pela qual o soldado
anseia é a volta a um mundo cujo equilíbrio foi perturbado quando um grupo de
ativistas invadiu um laboratório de pesquisas para liberar macacos que estavam
sendo utilizados como cobaias em experiências. O que eles não sabiam era que
esses macacos estavam infectados com um vírus que transforma os seres humanos
em canibais, apenas 20 segundos após o contato, seja este pelo sangue ou pela
saliva.
E com essa premissa, se inicia
“Exterminio”, um dos filmes mais originais sobre zumbis/infectados feito nesse
século. Acompanhamos Jim (Cillian Murphy), que, após acordar de um coma,
descobre que a cidade de Londres está totalmente deserta - e perfeitamente
caracterizada pela fotografia de Anthony Dod Mantle, que mostra a desolação de
ver a cidade vazia e destruída, passando muito bem a sensação de solidão vivida
pelo personagem. Após vagar por um tempo, Jim encontra Selena (Naomie Harris) e
Mark (Noah Huntley) que decidem ajudá-lo a voltar para casa para verificar se
seus pais ainda estão vivos.
A direção do premiado Danny Boyle,
vencedor do Oscar de Melhor Diretor por “Quem Quer Ser Um Milionário?” e
indicado ao mesmo prêmio por “127 Horas”, é competente, com a criação de grande
tensão em alguns momentos. Adicionalmente, esta obra possui uma
característica interessante, copiada posteriormente por vários filmes: os zumbis/infectados
são praticamente maratonistas, e correm como loucos atrás das pessoas. Isso
aumenta ainda mais o desespero dos personagens, pois a “regra” em filmes do
gênero até aqui era de zumbis/infectados se movendo lentamente dando até
oportunidade para uma pessoa passar facilmente por eles. Em “Extermínio”, isso
é totalmente impossível.
O roteiro de Alex Garland,
colaborador habitual de Boyle, traz questões que nos fazem refletir sobre a
natureza humana e que nos levam a questionar se somos tão diferentes dos
infectados. Em diálogos como o citado no
início da análise, e com a ótima conclusão da história, Garland consegue
abordar bem esse tema. As atuações também são de primeira linha, e além dos
atores citados, ainda temos Brendan Gleeson fazendo uma boa participação. Esse
conjunto se combina de maneira harmônica, fazendo de “Extermínio” um filme
imperdível, mesmo para quem não está acostumado com filmes do gênero.
Observação: Chamei os
seres de zumbis/infectados, pois a denominação deles é um assunto que gera
grande discussão na internet. Creio que o nome correto para eles seria mesmo “infectados”, pois eles não estão mortos. No caso desse
filme, preferi misturá-los aos zumbis por questões práticas, principalmente para
poder compará-lo a outros filmes semelhantes. Além disso, ultimamente foram
lançados vários filmes que ora os tratam como zumbis e ora como infectados.
Desse modo, creio que não há problema em colocá-los na mesma categoria.
Clique no botão abaixo para ver o trailer do filme:
Um dos meus favoritos do gênero.
ResponderExcluirPena que a sequência teve uma queda de qualidade.