Direção: Ridley
Scott
Roteiro: Damon
Lindelof, Jon Spaihts,
Elenco: Noomi
Rapace, Michael Fassbender, Logan Marshall-Green,Idris Elba, Rafe Spall, Sean
Harris, Charlize Theron
Duração: 124 minutos
Gênero: Ficção
Científica / Aventura
Países: Estados
Unidos / Inglaterra
Idioma: Inglês
Resumo: Um time
de exploradores descobre uma pista que pode levar à descoberta das origens da
humanidade
Se existiu um filme que criou
expectativas para os fãs de ficção científica no ano de 2012, esse filme foi PROMETHEUS. Isso porque nesse gênero as boas
obras estão se tornando cada vez mais raras. Ambientado no universo da série
Alien (e dirigido por Ridley Scott, responsável também pelo primeiro filme
daquela franquia), o longa é ambientado em 2093 e mostra um grupo de humanos que
viaja para um planeta distante para procurar respostas para as nossas origens.
Esse grupo forma a tripulação da nave
Prometheus, cujos principais elementos são o casal de cientistas Elizabeth Shaw
(Noomi Rapace) e Charlie Holloway (Logan Marshall-Green), bem como uma série de
personagens clássicos de filmes do gênero, como o piloto (Idris Elba), o biólogo (Rafe Spall), o
geólogo (Sean Harris) e até uma representante da Weyland (Charlize Theron),
empresa responsável pelo financiamento da viagem. Há também - como em todos os
filmes da série Alien – o androide David (Michael Fassbender) que acaba sendo
um dos personagens mais intrigantes da trama. O principal objetivo dessa
expedição é encontrar os seres que foram apelidados de “engenheiros” e são vistos
como os responsáveis pela nossa criação. Essa premissa é que deixa o
filme com um ar tão interessante: a curiosidade do ser humano de descobrir quem
nos criou e qual o motivo. E nessa linha estão os melhores momentos do filme,
entre eles um diálogo interessantíssimo entre o Charlie e David sobre a
motivação que uma espécie tem para criar outras.
No entanto, ao passo que a
história do filme atrai bastante, o roteiro falha no
desenvolvimento de certos personagens, sendo que algumas ocorrências não podem
deixar de ser citadas. Vejam por exemplo a cena em que o biólogo encontra uma
forma de vida desconhecida. Se mesmo na Terra não é recomendável que tentemos
brincar com animais que não conhecemos, não seria em outro planeta que iríamos
contra esse princípio. E mesmo assim, o biólogo resolve brincar com uma
criaturinha encontrada lá como se a mesma fosse um animal de estimação. Outro
absurdo é que a expedição, que possui custo aproximado de 1 trilhão de dólares
e que carrega uma tripulação que busca encontrar respostas que podem mudar toda
a humanidade, é composta por pessoas que se mostram totalmente
irresponsáveis, pois, mesmo sabendo que estão em outro planeta - e não conhecendo
praticamente nada sobre o mesmo -, acabam tomando decisões infantis, como tirar o capacete em lugares em que a segurança deles não estar garanatida. E o que falar do
geólogo que está em uma caverna em outro planeta e resolve ir embora justificando que não há nada de interessante? São coisas pequenas, mas que acabam tirando um
pouco a credibilidade do filme e de seus personagens.
Mesmo com essas falhas, o filme
consegue cumprir bem seu papel pela qualidade da história que é contada. A
parte visual dele é impecável, com efeitos visuais primorosos, como na
chuva de sílica e mesmo no visual da nave Prometheus, que é belíssima. Ainda
vale ser falado que a grande parte dos efeitos é produzida manualmente,
pois o diretor preferiu evitar o uso de computação gráfica sempre que possível.
O filme recebeu muitas críticas pelos
mais variados motivos. Houve pessoas esperando mais referências ao universo
Alien, outras que acharam que os erros que os personagens cometem acabaram
estragando o filme, outros acharam que houveram muitas perguntas criadas e poucas
respondidas e também aqueles que acham que a cientista deveria se contentar com
a resposta encontrada e parar com a sua busca – e esse último ponto soa
estranho, pois é característico do ser humano fazer mais perguntas, mesmo após
obter respostas. Com a carência que temos de boas ficções
científicas, esse filme aparece como uma boa promessa em um mundo de mediocridade. De todo modo, torço para que a continuação, que está praticamente confirmada, tenha seus personagens um pouco mais desenvolvidos e que também outros cineastas comecem a dar mais atenção ao gênero, pois o campo a ser explorado é muito vasto.
Quem não cria muito hype nesse filme, não fica decepcionado com o que vê.
ResponderExcluirEu até criei hype, mas não me decepcionei mesmo assim.
ExcluirTem umas coisas bem incômodas mesmo, mas dá pra levar tranquilo.