Direção: Ken Loach
Roteiro: Paul Laverty
Elenco: Martin Compston, William Ruane, Annmarie Fulton, Michelle Abercromby, Michelle Coulter
Duração: 106 minutos
Gênero: Drama
País: Reino Unido / Alemanha / Espanha
Idioma: Inglês
Resumo: Determinado a ter uma vida tranquila após sua mãe sair da prisão, um jovem luta para conseguir dinheiro e comprar um trailer
Roteiro: Paul Laverty
Elenco: Martin Compston, William Ruane, Annmarie Fulton, Michelle Abercromby, Michelle Coulter
Duração: 106 minutos
Gênero: Drama
País: Reino Unido / Alemanha / Espanha
Idioma: Inglês
Resumo: Determinado a ter uma vida tranquila após sua mãe sair da prisão, um jovem luta para conseguir dinheiro e comprar um trailer
Ken Loach, junto com Woody Allen, é um dos poucos diretores
ainda vivos que consegue fazer uma quantidade enorme de filmes e ainda mantém
a qualidade em todos eles. Para se ter uma ideia, desde 2000, Loach dirigiu doze filmes e pelo menos oito mostram que o diretor está em boa forma, conseguindo conduzir uma história de maneira interessante como poucos.
Seus personagens, na maioria das vezes, são pessoas que levam vidas
normais -, passando por problemas que o mundo real impõe, como a professora de Ae Fond
Kiss... (2004) e a mulher desempregada de It’s A Free World... (2007).
A partir do momento em que essas pessoas entram em cena, não
é para tentar fazer atos heroicos, mas sim para fazer o necessário
para que sobrevivam. Em Sweet Sixteen, também acontece algo nessa linha, pois
Liam (Martin Compston) é um jovem de 15 anos que faz de tudo para comprar um
trailer para morar com sua mãe (Michelle Coulter), que sairá na cadeia no dia
em que o filho completará 16 anos.
Para conseguir prosseguir com seu plano, Liam segue por caminhos errados, se envolvendo com tráfico de drogas e outras atividades ilegais. Além da mãe, ele espera levar para o trailer também a irmã Chantelle
(Annmarie Fulton) – que cuida do irmão sempre que ele se envolve em alguma
confusão - e o sobrinho Calum (Calum McAless). Liam ainda tem a ajuda do amigo
Pinball (William Ruane) que, além de roubar carros para passear por pura diversão,
dá suporte a Liam nas atividades ilegais.
Nesse cenário, Loach consegue construir bons momentos
de tensão ao mesmo tempo que constrói situações bem humoradas. Um exemplo é a cena em que Liam vai
até uma casa para roubar um carregamento de drogas e aproveita e também rouba
uma dentadura. Os diálogos também são bem construídos e soam muito reais, sendo
que essa característica se deve muito à qualidade do texto de Paul Laverty, colaborador
constante de Loach, tendo sido responsável pelo roteiro de quase todos os filmes do
diretor desde o meio da década de 90.
Sweet Sixteen não é revolucionário em nenhum
departamento. Em seus momentos iniciais, ele até parece um pouco sem propósito,
mas a medida que vamos avançando, começamos a entender as motivações de
seus personagens, com tudo ficando ainda mais interessante a partir do momento
que a mãe de Liam deixa a prisão. Assim, quem busca uma história crua e real,
misturada a boas atuações, com certeza se sentirá satisfeito com a obra.
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