5º Antiviral (2012) - dir. Brandon Cronenberg
A estreia de Brandon Cronenberg - filho do grande David Cronenberg - na direção de um filme com certeza deixou seu pai orgulhoso, ainda mais por se utilizar de elementos já consagrados pelo mesmo, como o body horror e uma história intrigante. Acompanhamos Syd March (Caleb Landry Jones), um empregado de uma clínica que vende doenças de pessoas famosas. De posse desses itens, Syd torna-se um traficante e começa a efetuar vendas no mercado negro. Por mais que falte algum ritmo à história, o diretor esbanja em originalidade, deixando-me ansioso pelo seu próximo trabalho.
4º Le Petit Lieutenant (2005) - dir. Xavier Beauvois
Xavier Beauvois entrega um filme policial seco, que mostra um novato entrando para a polícia parisiense e tendo que lidar com uma série de assassinatos cometidos por estrangeiros. O grande destaque do filme - e que também foi elogiado no recente Políssia (Polisse, 2011) - é o foco na vida pessoal dos policiais. São explorados seus problemas e sua vida fora dos limites da delegacia e como esta influencia no seu cotidiano. E é brilhante a atuação de Nathalie Baye, que interpreta uma policial que ainda se recupera de um trauma mas que é extremamente competente em seu trabalho.
3º Reality (2012) - dir. Matteo Garrone
Desde
maio do ano passado eu ansiava por assistir essa obra, por dois motivos
principais: a obtenção do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes e
o nome de Matteo Garrone na direção. O italiano é responsável pelo
elogiadíssimo Gomorra (Gomorrah, 2010) e pelo desconhecido, mas ainda
assim brilhante Primeiro Amor (Primo Amore, 2004). Mesmo tendo um
currículo já solidificado por essas obras, Garrone entregou um filme que
conseguiu atingir um nível altíssimo ao mostrar a história de um
vendedor de peixes que fica obsessivo com a ideia de entrar no Big Brother italiano.
2º Kill List (2011) - dir. Ben Wheatley
Ben Wheatley era um diretor desconhecido para mim até esse mês. A primeira vez que li algo sobre ele foi quando eu estava pesquisando para fazer o post sobre Cannes. Assim, resolvi pegar Kill List para ver do que o diretor era capaz e fiquei absolutamente boquiaberto. A maneira visceral com a qual ele conduz a história dos dois assassinos que acabam confrontando forças desconhecidas é brilhante, e me prendeu totalmente do início ao fim. Já fiquei interessado no restante do trabalho do diretor e desde já correrei atrás de suas outras obras.
1º A Caça (Jagten, 2012) - dir. Thomas Vinterberg
Assim como Reality, A Caça era um filme pelo qual eu estava ansiosamente
esperando desde o Festival de Cannes. Thomas Vinterberg foi o
responsável pela direção e conferiu uma tensão absurda ao filme,
mostrando a história de um homem que é acusado por um crime que não
cometeu. O filme me causou uma agonia em grande parte do tempo, a ponto
de chegar um momento em que eu fiquei com vontade de pular para o fim para ver como tudo
aquilo acabava, tamanho o desconforto que eu estava sentindo. Esse é um
filme que vale a pena assistir sem ler absolutamente nenhuma sinopse
mais apurada, pois o efeito causado é bem maior.
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